Poema sem título para um dia frio de trabalho[1].
Vanessa Soares de Paiva[2]
O cinza-claro dos dias
O cinza-frio das manhãs
Esse cinza que me esfria, me cerra os olhos, me franze a testa
E eu, frente ao papel, desisto
Frente à tela opaca, brilhante, desisto
Frente à pedra, risco possível
Metal gravado, palavras arranhadas influenciam a entonação
É preciso o registro para os que vêm, virão, que venham atestar nosso verbo encolhido de frio
E para nós, apenas o risco da escrita
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